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Refleti longamente sobre como ninguém me compreende. A vida da humanidade tornou-se tediosa e sem sal, ninguém reflete sobre o eterno e realiza grandes feitos.
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HA CEBEP | NA SEVER | PARA O NORTE | TO THE NORTH
Refleti longamente sobre como ninguém me compreende. A vida da humanidade tornou-se tediosa e sem sal, ninguém reflete sobre o eterno e realiza grandes feitos.
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Achei um emprego, retirei um nevus, levei um susto.
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O meu cachorro foi atropelado. Os meus pais não me informaram sobre isso, disseram: fugiu. Fiquei procurando-o durante vários meses. Sonhava que encontrava alguém com o cachorro na rua, mas não podia correr atrás dele ou chamá-lo. Tempos depois, um coleguinha caridoso me contou, e suponho ter sido a última a saber.
 
Noite. Eu, um ano e meio, e a minha mãe acabamos de entrar no apartamento novo e estamos vendo o meu pai levar a minha cama para dentro.
Noite. Casa da minha avó. Estou me deitando. Na cama, enfileiro todos os meus brinquedos semelhantes a bonecas ou animais: cabeça no travesseiro, cobertos com o edredom. Quase não sobra espaço para mim, fico me apertando contra a parede.
Noite, luz artificial. A minha mãe me segura firmemente, enquanto um médico se aproxima de mim, em câmera lenta, com uma pinça de aparência hostil. Enfiei um botão no nariz, uma proeza e tanto.
Sozinha em casa. Madrugada, televisão. Profecia, 1976.
O início da minha infância passou-se nas trevas.
Eu e a minha mãe, na escada do prédio, entre os andares. Há uma janela atrás de nos. No andar inferior, junto às portas, o meu avô paterno está estatelado no chão, médicos de branco em torno dele. Não me recordo de ter comparecido ao enterro.
Achei um rabanete na moita “do outro lado do prédio”. Comi.
Na escolinha. Acusada injustamente de ter roubado e comido o chocolate de alguém. Fundamento da acusação: língua amarelada.
Na escolinha, com uma amiga, no meio a trave do gol. Eu jogo a bola para ela, e a bola bate na trave, dá um pulo, bate novamente.
Na cozinha, num banquinho do lado da janela. A minha mãe está cozinhando. Eu estou “bordando” com fios coloridos, a minha mãe me elogia.
Na escolinha, com a mesma amiga. Coletamos a seiva de pinheiro e mascamos como se fosse chiclete.
Na escolinha, havia uma hora reservada para dormir. Camas de molas. No momento em que a “tia” fechava a porta da sala, começávamos a pular alucinadamente. Uma vez, eu estava pulando de costas para a porta. Aos poucos, todo mundo foi parando de pular. Eu continuei, enquanto tentava convencer todos a voltar à ocupação tão agradável. Só uns cinco minutos depois tive a idéia de me virar.
Na escolinha, brincando de cabeleireiro. Molhei os cabelos para fixar o penteado. Incompreensão e escárnio geral.
No acampamento, caí do caís. Cinco pessoas, é raso ali, menina! Quase me afoguei.
Entre seis e sete anos, outra mudança. Eu finjo que sou um gato em baixo da escrivaninha nova, enquanto a minha mãe e a minha avó arrumam o quarto.
Para quem não notou, o meu pai era um tanto ausente.
Mas ele me ensinava a dançar jazz.
 
Mais 15 novas. Passei de 150, afinal.
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Vamos descrever esse meu covil então. Gosto de blogs. Já tive muitos deles. Para facilitar as coisas, sempre ponho o mesmo nome: Na Sever.
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O sacramental post de inauguração de um novo covil da Moriel na net.
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