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terça-feira, 25 de novembro de 2008



A idade média acabou há muito tempo
E ninguém mais lembra como chamava essa música
Tipo quando a condessa fica a noite inteira plantada na varanda
E o amiguinho dela com um violão não deixa ninguém no bairro dormir

Ah lembrei, essa música se chamava serenada
Quem disse que hoje em dia não é mais necessária?
Se quer não ter mais problemas com as mulheres
Chegue perto de qualquer casa e comece a berrar:
Saia daí, dona bela, e não para ficar de bobeira, mas a negócios
Eu vou confessar o meu amor por você, e depois pode ir de volta, dormir.

Mas temos aqui um rolo, o amor tem nuances
Se você ficou a noite inteira berrando romanças
E na varanda em vez daquela, sua, esperada,
Apareceu um sujeito armado de pijama,
Não faça pose e não se acovarde, mas fuja na hora
E ao fugir do bando de vizinhos furiosos, cantarole baixinho:
Saia daí, dona bela, e não para ficar de bobeira, mas a negócios
Eu vou confessar o meu amor por você, e depois pode ir de volta, dormir.

Tudo bem, agora acabamos toda essa besteira sobre serenada
Você já tem trinta, e tudo anda normal
Tem família, mulher filhos, sogra é claro,
As vezes dá briga, a paciência não é infinita
É preciso fazer as pazes com a sogra,
O que fará para sair dessa situação?
Lembre-se da serenada, chegue à noite perto da sogra
E berre bem no ouvido dela:
Saia daí, dona bela, e não para ficar de bobeira, mas a negócios
Eu vou confessar o meu amor por você, e depois pode ir de volta, dormir.

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