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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Odisseu, filho de Laerte

XIII. Monólogo

Está certa:
Eu voltarei, uma flecha sobre a espádua esquerda
De Alcino.

Está certa:
Há muito não sou o ruivo-sardento
Sou - além.

Está certa:
Sobre as ruínas de Tróia, nesta meia noite
Choram as corujas.

... Fora as correntes!

Está certa:
Eu venho a ti por sobre cadáveres, não pelo mar,
Só sei assim.

Está certa:
Nas veias correm os dejetos do olimpo,
No coração - serpentes.

Está certa:
Sou - morto, sou - deus, sou - memória,
Sou - assassino.

...Dê algo para beber!

Está certa.
Poeira lunar, montanha morta na soleira,
Caíram as auréolas.

Abra!
Quem quer que eu seja...


[Meu, certamente. Um dos heróis favoritos, um dos livros favoritos, mas antes de tudo - meu.]

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